terça-feira, 20 de maio de 2014
O que ouves Agora?
Ouves o crepitar das chamas na lareira?
- É o meu coração que te chama
e como a chama, a noite clareia.
Ouves o silvo do vento lá fora?
- É a minha voz que te implora,
vens me amar, estou aqui agora.
Ouves o barulho do mar?
- Sou eu a te chamar,
mesmo não podendo te amar.
Ouves os sons do silêncio?
- É a minha alma que vagueia,
em noite de lua cheia!
Ouves o riso de uma criança inocente?
- São os ecos da minha saudade
que ouves ao cair da tarde...
Ouves uma música ao longe?
- É o som do meu silêncio,
que já não te responde.
E o que ouves agora...?
- Somente um coração que chora,
mas que jamais implora,
por um amor que foi embora...
Débora Benvenuti
domingo, 18 de maio de 2014
A Inspiração
A inspiração
me acompanha
desde os tempos de menina.
Quando minha mãe saia
eu resolvia trocar os móveis
e os quadros de lugar.
Uma vez até apanhei
com uma varinha de marmelo,
para parar de fazer arte
e pregar pregos nas paredes.
Nada adiantou,
porque depois fui estudar
e uma faculdade fui cursar.
A decoração foi a que mais me chamou a atenção
e não me impediu de continuar a fazer
as mesmas coisa que fazia,
só que agora com muito mais sabedoria
e para isso,
a tal inspiração dos meus tempos de menina,
continua me incentivando a criar sonhos
e colorir todas as minhas fantasias...
Débora Benvenuti
desde os tempos de menina.
Quando minha mãe saia
eu resolvia trocar os móveis
e os quadros de lugar.
Uma vez até apanhei
com uma varinha de marmelo,
para parar de fazer arte
e pregar pregos nas paredes.
Nada adiantou,
porque depois fui estudar
e uma faculdade fui cursar.
A decoração foi a que mais me chamou a atenção
e não me impediu de continuar a fazer
as mesmas coisa que fazia,
só que agora com muito mais sabedoria
e para isso,
a tal inspiração dos meus tempos de menina,
continua me incentivando a criar sonhos
e colorir todas as minhas fantasias...
Débora Benvenuti
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sábado, 17 de maio de 2014
Folhas Amareladas
Hoje encontrei o teu nome escrito
nas folhas amareladas do meu passado
e percebi que algumas folhas foram rasgadas,
outras enroladas e tão bem guardadas
que ficaram mofadas,
amarradas com fita engomada,
escondidas atrás do armário.
Mas ainda guardo na memória
os belos cenários que vivenciaram
aquelas belas tarde outonais,
quando os raios de sol se infiltravam
por entre as folhas amareladas,
que caiam formando um tapete dourado
à luz difusa do entardecer,
e nos encontrávamos emocionados
ao final de cada tarde,
de tantas tardes que não voltam mais.
De repente ficou tarde.
Escureceu.
Amanheceu.
Você nem percebeu.
O tempo passou.
Você me esqueceu...
A luz do sol não apareceu,
e o meu coração
nunca mais se aqueceu...
Débora Benvenuti
nas folhas amareladas do meu passado
e percebi que algumas folhas foram rasgadas,
outras enroladas e tão bem guardadas
que ficaram mofadas,
amarradas com fita engomada,
escondidas atrás do armário.
Mas ainda guardo na memória
os belos cenários que vivenciaram
aquelas belas tarde outonais,
quando os raios de sol se infiltravam
por entre as folhas amareladas,
que caiam formando um tapete dourado
à luz difusa do entardecer,
e nos encontrávamos emocionados
ao final de cada tarde,
de tantas tardes que não voltam mais.
De repente ficou tarde.
Escureceu.
Amanheceu.
Você nem percebeu.
O tempo passou.
Você me esqueceu...
A luz do sol não apareceu,
e o meu coração
nunca mais se aqueceu...
Débora Benvenuti
sexta-feira, 16 de maio de 2014
A Carta
Esta é a carta que você nunca recebeu,
a mensagem que nunca leu,
a lembrança de um passado que vivemos juntos,
Você e Eu.
Nela eu enviava todos os sonhos meus
e queria realizá-los
juntamente com os teus.
Meu coração amargurado,sobreviveu,
mas nunca te esqueceu.
Te esperei a cada cair da tarde,
até a madrugada,
e com o passar dos anos,
a tua imagem foi ficando desbotada
e os meus sonhos todos apagados.
Sei que voltas a cada cinco anos,
mas quando voltares novamente,
terão se passado trinta anos
e você talvez nem lembres mais
o quanto nos amamos,
quantas vezes nos encontramos no bar da faculdade.
Nos intervalos de cada aula,
o encontro tão esperado.
Meu coração batia tão depressa,
que tinha medo que você pudesse ouvi-lo,
batendo descompassado.
Depois a despedida,
e o Adeus mais uma vez adiado.
Um encontro às escondidas,
fingindo que nada havia acabado.
Hoje somos apenas lembranças
de um passado quase apagado,
que só ficou guardado
no meu coração amargurado.
Débora Benvenuti
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Aquarela
Artista inglesa Ann Mortimer.
Quero pintar uma tela com
as cores da aquarela,
em tons de azul e anis
e alguns matizes de amarelo,
com violetas na janela,
cortinas cor de rosa,
com cravos e canelas.
Nos lençóis,
cores suaves e perfumes de jasmim,lírios e alfazemas.
Para completar a cartela,
faltam ainda os matizes
de laranja e amarelo
que pego emprestado dos girassóis
do meu jardim.
O verde eu encontro
estampado no tapete do meu quarto
e para completar o quadro,
falta pintar o retrato de uma cena abstrata,
que recortei das páginas de uma revista
que guardo atrás da porta do meu quarto.
Débora Benvenuti
e alguns matizes de amarelo,
com violetas na janela,
cortinas cor de rosa,
com cravos e canelas.
Nos lençóis,
cores suaves e perfumes de jasmim,lírios e alfazemas.
Para completar a cartela,
faltam ainda os matizes
de laranja e amarelo
que pego emprestado dos girassóis
do meu jardim.
O verde eu encontro
estampado no tapete do meu quarto
e para completar o quadro,
falta pintar o retrato de uma cena abstrata,
que recortei das páginas de uma revista
que guardo atrás da porta do meu quarto.
Débora Benvenuti
Quando o Sol se Por
Quando o sol se por
docemente
e os últimos raios iluminarem o poente,
a tua sombra se projetará suavemente
em minha mente,
qual pássaro que adormece
assim que anoitece...
A noite estende seu manto
e nem percebe o meu pranto
que se desfaz como por encanto,
quando adormeço no meu recanto...
Delírios, sonhos, canções,
habitam cada cantinho do meu coração
e eu embalo esses momentos como
se fossem fragmentos da minha solidão.
A tua imagem se sobressai e se esvai,
sumindo de mansinho, a cada minuto
que transformam a minha noite
num eterno e imenso caminho,
onde não há espaço para o teu carinho...
Quando o sol se por em todo o seu esplendor,
a minha noite será eterna sem o teu calor...
Débora Benvenuti
e os últimos raios iluminarem o poente,
a tua sombra se projetará suavemente
em minha mente,
qual pássaro que adormece
assim que anoitece...
A noite estende seu manto
e nem percebe o meu pranto
que se desfaz como por encanto,
quando adormeço no meu recanto...
Delírios, sonhos, canções,
habitam cada cantinho do meu coração
e eu embalo esses momentos como
se fossem fragmentos da minha solidão.
A tua imagem se sobressai e se esvai,
sumindo de mansinho, a cada minuto
que transformam a minha noite
num eterno e imenso caminho,
onde não há espaço para o teu carinho...
Quando o sol se por em todo o seu esplendor,
a minha noite será eterna sem o teu calor...
Débora Benvenuti
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Ser Mãe
Cada
vez que eu me olho no espelho, mais percebo o quanto estou parecida com a minha
mãe. Às vezes até os trejeitos dela eu estou fazendo igual. Aquela velha mania
de perder os óculos e sair a procurar,quando eles estão exatamente onde
deveriam estar: pendurados por uma cordinha no pescoço. Então minha filha
aparece e diz: mãe,tu já achou teus óculos? E eu respondo: ainda não e ela
continua: procura bem que tu acha...E não é que eu acho mesmo...? Quando eu
percebo que ela começa a rir, logo desconfio de onde eles possam estar. Ainda
bem que os óculos são só para ficar no computador. Muitas vezes, quando ela vai
sair à noite,eu faço as mesmas recomendações: leva o casaco que vai esfriar.
Cuidado ao parar na sinaleira. Não volta tarde. Quando você chegar no
barzinho,me liga e me diz se chegou bem. E lá fico eu esperando ela
ligar...Essa rotina parece que não vai acabar nunca e eu nunca vou deixar de
falar as mesmas coisas,exatamente como a minha mãe fazia. Naquela época,eu
achava que ela se preocupava demais e ficava dizendo para ela que nada ia
acontecer. Minha filha diz a mesma coisa. Então digo para ela: espera só tu ter
os teus filhos que nunca mais tu vais dormir sossegada. E a gente só percebe
que está igualzinha a nossa mãe, quando faz exatamente o que ela fazia. Um dia
a minha filha vai fazer a mesma coisa: vai se olhar no espelho e dizer: Estou
igual à minha mãe!
Faço
a mesma coisa com meu filho, só que para falar com ele, preciso subir num
banquinho.
Débora Benvenuti
domingo, 13 de abril de 2014
O Direito de Sonhar
O barco que conduzia a minha vida,
encalhou no deserto da minha solidão.
Do silêncio, fez-se ... o nada,
do nada ... a saudade.
O pranto encheu minhas horas vazias,
no vazio da minha existência.
Existiu um dia algo que eu chamei "Vida",
Hoje existe vida que eu chamo menos que nada.
Muito antes de você,
houve um princípio que se chamou amor.
... E o amor viveu enquanto alguém me fez acreditar
que o Amor era sinônimo de Vida ...
Depois do Amor ... fez-se a Espera,
da Espera ... o Caos ...
Chamou-se solidão as horas que antecederam a tua chegada.
E você esteve de partida antes mesmo de ter chegado...
Não existiu princípio - partimos do meio para o fim da Viagem.
As bagagens de recordações ficaram esquecidas
no último trem que deixou a Estação do Amor.
Esquecemos de sentir e mesmo assim,
as pedras nos feriram os pés
nus de qualquer sentimento.
E descalços mais uma vez,
deixamos que a vida nos roubasse algo
que nunca nos pertenceu:
- "O Direito de Sonhar" -
Débora Benvenuti
domingo, 2 de março de 2014
Nuvem Passageira
Sou nuvem
passageira,
tal qual o vento
quando sopra
as folhas secas e
as faz farfalhar.
Então fico a
imaginar como seria
vagar no infinito
do teu olhar.
Vejo uma luz se
acender,
um lampejo de
desejo,
uma lembrança de
cada beijo
e um suspiro ao
entardecer.
Será que estás a
lembrar,
de cada sonho que
sonhamos,
debaixo de um céu
de estrelas
que só eu ainda
vejo brilhar?
Já é outono
e me agasalho do
frio da noite
com o meu
cobertor de saudades,
deixado pela tua
ausência,
quando deixastes
de me amar.
Débora Benvenuti
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Quero ser o seu Amor
Não espere a hora
certa,
ela pode não
chegar...
Esqueça o amanhã,
eu estou a te
esperar.
Sinta a magia do
momento
e todo o meu
sentimento
que estou a
expressar.
Quero ser o seu
amor,
não me faças
esperar.
Lá fora o dia
amanheceu lindo.
Tudo está perfeito
agora.
Só falta você ao meu
lado para me dizer,
também quero te
amar.
Preciso tanto de
você...
Os sentimentos
precisam ser despertados,
nunca esquecidos
nesse canto escuro
chamado passado.
Então vem...
Estenda a tua mão
e me leve com você.
Abraça-me com
carinho.
Sinta o meu coração
batendo no teu compasso,
a esperança nascendo
a cada abraço e o amor despertando como uma rosa nascida no asfalto.
A hora é
agora...Faça acontecer.
Débora Benvenuti
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