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terça-feira, 20 de maio de 2014

O que ouves Agora?



Ouves o crepitar das chamas na lareira?
- É o meu coração que te chama
e como a chama, a noite clareia.
Ouves o silvo do vento lá fora?
- É a minha voz que te implora,
vens me amar, estou aqui agora.
Ouves o barulho do mar?
- Sou eu a te chamar,
mesmo não podendo te amar.
Ouves os sons do silêncio?
- É a minha alma que vagueia,
em noite de lua cheia!
Ouves o riso de uma criança inocente?
- São os ecos da minha saudade
que ouves ao cair da tarde...
Ouves uma música ao longe?
- É o som do meu silêncio,
que já não te responde.
E o que ouves agora...?
- Somente um coração que chora,
mas que jamais implora,
por um amor que foi embora...


Débora Benvenuti

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Silêncio





Ouço os sons do Silêncio,
ou será meu pensamento
que caminha vagamente,
perdido na neblina do tempo?
Ouço vozes,
sons que me conduzem
por caminhos tortuosos,
por passagens e paisagens
esquecidas num canto
escuro do meu coração,
onde vagueiam perdidos
os fantasmas da minha solidão.
Vejo vultos cambaleantes,
que se afastam lentamente,
envoltos na neblina do tempo.
Vagueiam em silêncio,
como sombras indecisas,
tal qual chama de uma vela,
quando sopra a leve brisa.
Ouço o silêncio do meu pensamento.
  A noite é escura.
No céu, a lua ilumina a rua,            
e eu esqueço os meus tropeços.
 Não sei se mereço o que sinto neste momento,
em que nada espero,nada quero,
só ouço o silêncio do meu pensamento,
que voraz,me devora,
enquanto o silêncio que faz lá fora,
vai embora...


Débora Benvenuti

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mais uma vez...Adeus!





Mais um sonho perdido,
mais um choro contido.
Sonhos que vem e vão, em vão.
Do silêncio, fez-se a lágrima,
da lágrima...a solidão...
Duas gotas que queimam
muito mais que brasa no sertão.
Só desejo que a dor que eu sinto agora,
jamais adormeça no seu coração.
Por mais que eu busque uma explicação,
são momentos que jamais se apagarão
da minha recordação,
e quando um dia puderes entender,
sei que me darás razão.
Mas nesse dia eu sei que não mais
poderás me chamar...mamãe!
E se eu não puder mais te ouvir,
escute o silêncio, nele estará contido
a dor da separação e toda esta emoção,
que me aperta o coração.
Sentimentos que se confundem com a escuridão,
essa sombra que me persegue
e me torna uma anciã.
Adeus... mais uma vez...Adeus.
Só não esqueças que esta foi a sua decisão,
mas se um dia quiseres voltar,
encontrarás abertas as portas do meu coração.



Débora Benvenuti

domingo, 28 de julho de 2013

Quando a noite Chegar


Mais uma vez,
as luzes se apagam
e a noite chega...
Misteriosa...escura...tenebrosa...
Ouço os sons da tua ausência
misturados ao silêncio
dessa noite que acaba de chegar.
Mas não é a noite
que se despede do dia.
É a minha alma que se torna escura
sem a tua companhia.
Meu coração bate inquieto.
Procuro em vão estar desperta,
para quando a noite chegar,
eu poder te encontrar.
Falar desse sentimento
que me invade o pensamento
e não me deixa contigo sonhar.
Como quisera contigo estar,
mas vejo com tristeza
que o dia está a clarear
e sem você
me sinto como um veleiro
em alto mar a naufragar.
São ondas traiçoeiras
que me jogam contra o rochedo
desse sentimento
que me fez de ti me afastar...
O esquecimento enfim chegou
e apagou as chamas do desejo
que faziam os teus olhos brilhar.
Hoje é só a lembrança
que ainda insiste em vir me visitar...
quando a noite chegar...




Débora Benvenuti

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Silêncio





Ouço os sons do Silêncio,
ou será meu pensamento
que caminha lentamente,
perdido na neblina do tempo?
Ouço vozes.
Sons que me conduzem
por caminhos tortuosos,
por passagens e paisagens
esquecidas num canto
escuro do meu coração,
onde vagueiam perdidos
os fantasmas da minha solidão.
Vejo vultos cambaleantes,
que se afastam lentamente,
envoltos na neblina do tempo.
Vagueiam em silêncio,
como sombras indecisas,
tal qual chama de uma vela
quando sopra a leve brisa.
Ouço o silêncio
do meu pensamento.
A noite é escura.
No céu, a lua ilumina a rua,
e eu esqueço
os meus tropeços.
Não sei se mereço
o que sinto
neste momento,
em que nada espero,
nada quero.
Só ouço o silêncio
do meu pensamento,
que voraz,
me devora,
enquanto o silêncio
que faz lá fora
vai embora...



Débora Benvenuti

sexta-feira, 15 de março de 2013

Anoitecer Gelado




Cubro-me com o manto da noite,
neste anoitecer gelado.
Na cama os lençóis amassados
de tanto eu virar de lado.
O sono me abandona
e eu continuo acordada.
Ouço o silêncio da noite
e os sons abafados
me dizem que preciso
dormir ao teu lado,abraçada.
No silêncio da madrugada
o sereno cai em flocos
e me deixa ainda mais gelada.
Abraço o meu travesseiro
e sonho com um amor verdadeiro.
Fecho os olhos e te vejo.
Estendo os braços e te beijo.
Estás tão perto que sinto o teu cheiro
impregnado de odores de almíscar.
Másculo, doce e selvagem.
Sinto as tuas mãos deslizando
no meu corpo sedento.
As carícias despertando os meus sentidos
e em êxtase nos abraçamos.
Nossas bocas se procuram,
num desespero que nos leva à loucura.
E fazemos amor de forma tão intensa
que julgo estar delirando.
Acordo desse sonho febril
e percebo que é madrugada.
Você não está ao meu lado
E eu estou só e amargurada.

Débora Benvenuti

domingo, 4 de novembro de 2012

Névoas do Silêncio




Névoas do Silêncio



Há uma névoa que se alastra,
como se fosse uma enorme serpente.
Me envolve e me sufoca,
me impede de seguir em frente.
Tateio no escuro,
a procura de mim mesma.
Escuto os sons do silêncio
a penetrar-me a alma.
Passos que se afastam
em busca do nada.
Noite enluarada,
ondas agitadas.
Palavras sussurradas
não são mais ouvidas.
O grito se perdeu,
e ninguém mais entendeu.
Serei eu quem mais amei
ou fostes tu quem me esqueceu?

Débora Benvenuti

domingo, 28 de outubro de 2012

Ecos que eu não Ouvi




Ecos que eu não Ouvi




Eu queria viver de esperança,

mas só me resta a lembrança,

de um passado que eu não vivi.

Eu queria ser quem não sou,

E sou quem eu não queria ser.

Em algum lugar alguém me espera

e eu não sei pra onde ir...

De tudo o que eu vivi,

apenas o que sobrou são Ecos..
.
...Ecos que eu não Ouvi...

Escute... são apenas Ecos...

Ecos que se espalham no silêncio,

como uma folha ao vento,

flutuando no imenso vazio

que se formou quando você partiu...

A tua lembrança ainda insiste

e persiste, como um poema triste,

que a voz do vento carrega,

como se fosse um lamento,

numa noite quente,

que não tem mais fim.



Débora Benvenuti



terça-feira, 12 de junho de 2012

No túnel do Tempo



No Túnel do Tempo



O silêncio escorrega
no túnel vazio da tua ausência.
As palavras despem-se
do sentido que as cobrem
e vestem-se de longos momentos
de agonia.
Já não ouço mais nenhum som.
O vazio aumenta.
O vácuo engole voraz
a tua imagem
e o meu pensamento desfalece,
e audaz se desfaz,
na poeira do tempo
que o contempla.
Quero gritar,
mas nenhum som
se dispõe a me escutar.
As palavras se dispersam
e se perdem num emaranhado
de teias invisíveis.
Não vejo mais sentido
em nada do que eu digo.
Nem com frases mais eu consigo
descrever o que eu sinto.
O tempo corroeu o meu eu.
Desfez as marcas incrustadas
na saudade que grita
e agoniza na calçada.



Débora Benvenuti

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

AS PÁGINAS DO SILÊNCIO



As Páginas do Silêncio



No livro da vida,
as páginas do silêncio
são folheadas em suspense.
Nelas o pensamento
escreveu por entre linhas,
sentimentos descritos
e que nunca foram ditos.
São tantos sonhos escritos,
muitos em manuscritos,
escritos com a alma
cheia de conflitos.
Quanto amor,
quanto sofrimento,
nestas folhas em branco,
onde não consigo
colocar tudo o que eu sinto.
Vejo a tua imagem surgir
nas páginas do meu passado
e neste instante descobri,
o quanto de mim
estivestes a fugir.
Folheio as páginas inteiras
e não consigo descobrir
porque nunca consigo
o teu rosto ver surgir.
Vejo imagens borradas,
uma lágrima derramada
nestas folhas amassadas
que o silêncio encobriu.


Débora Benvenuti