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domingo, 4 de novembro de 2012

Névoas do Silêncio




Névoas do Silêncio



Há uma névoa que se alastra,
como se fosse uma enorme serpente.
Me envolve e me sufoca,
me impede de seguir em frente.
Tateio no escuro,
a procura de mim mesma.
Escuto os sons do silêncio
a penetrar-me a alma.
Passos que se afastam
em busca do nada.
Noite enluarada,
ondas agitadas.
Palavras sussurradas
não são mais ouvidas.
O grito se perdeu,
e ninguém mais entendeu.
Serei eu quem mais amei
ou fostes tu quem me esqueceu?

Débora Benvenuti

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O SONHO E A ESPERANÇA







A Esperança muitas vezes adormecia, pensando no Sonho, que todas as noites a visitava e a mantinha num torpor, quase irreal. E era sempre o mesmo Sonho que insistia em ser sonhado e deixava a Esperança cada dia mais animada. Quando acordava, alguma coisa dentro dela se entristecia. Acreditava no Sonho e desejava cada vez mais, que o Sonho continuasse da parte onde tinha acabado. Mas isso nem sempre acontecia. O Sonho sempre ia embora antes mesmo que a Esperança acordasse e pudesse reconhecer-lo em uma curva do caminho. A imagem que ela guardava do Sonho era a silhueta de um homem, que todas as noites chegava de mansinho, falava suave aos seus ouvidos e fazer juras de amor. Muitas vezes a Esperança estendia a mão para tocar o rosto do desconhecido, mas esse gesto acabava sempre numa névoa, que aos pouco se dissipava e a Esperança se tornava a cada dia, mais entristecida. Os dias se passavam, as noites se tornavam intermináveis ​​e o Sonho continuava a visitar a Esperança, sem no entanto, dar nenhuma esperança de ser reconhecida. Ela caminha tristemente pelas ruas, sempre na esperança de que em algum momento, o Sonho se concretizasse e ela pode por fim ao seu tormento. Era uma espera angustiante. Sabia que esse homem existia, só não sabia procura onde-lo. Por que ele não dava um sinal, alguma coisa com a qual ela pode identificá-lo, quando o encontrasse, mas nem isso ele faz. Pensou muitas vezes em sonhar acordada, para quando o Sonho aparecesse, ela pode-lo. Ficava noites e noites acordada, mas acabava se cansando e o sono se apropriado dos seus pensamentos. Uma noite, adormeceu e mais uma vez o homem dos seus sonhos apareceu. Ela então pode observar nitidamente um rosto do homem com o qual ela sonhara tantas noites: Era a Solidão, que a espreitava todas as noites ...



Débora Benvenuti