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sábado, 14 de junho de 2014

Sem tempo para dizer... Adeus!



Naquela noite em que nos conhecemos,
Havia uma aura de magia no ar.
Eu não te conhecia,
Mas já sabia o que para mim você seria.
Assim que te vi chegar,
Alguma coisa aconteceu
E sem mais pensar
Você comigo veio falar.
Era como se já nos conhecêssemos
Há muitos anos e naquele momento
Em ti comecei a confiar.
Convidastes-me para dançar e em amor
Naquele instante começamos a falar.
Depois disso,
Nossos destinos se uniram
E dissemos sim,
Para uma nova vida começar.
No princípio, o amor era imenso,
Mas com o tempo,
O desgaste foi eminente.
A tristeza invadiu meu coração
E transformou aquele amor
Em um triste adeus para nunca mais voltar.
E separados ficamos por longos anos,
Tendo apenas os filhos em quem pensar.
Depois disso, o silêncio.
Você partiu sozinho como sempre viveu.
Quem dizia que te amava,
Naquele momento, desapareceu.
Éramos novamente você e eu.
Não havia mais música para dançar.
A noite toda eu fiquei a te velar,
Para que o teu corpo inerte,
Pudesse descansar.
Eu cheguei sem tempo
Para dizer... Adeus!



Débora Benvenuti

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mais uma vez...Adeus!





Mais um sonho perdido,
mais um choro contido.
Sonhos que vem e vão, em vão.
Do silêncio, fez-se a lágrima,
da lágrima...a solidão...
Duas gotas que queimam
muito mais que brasa no sertão.
Só desejo que a dor que eu sinto agora,
jamais adormeça no seu coração.
Por mais que eu busque uma explicação,
são momentos que jamais se apagarão
da minha recordação,
e quando um dia puderes entender,
sei que me darás razão.
Mas nesse dia eu sei que não mais
poderás me chamar...mamãe!
E se eu não puder mais te ouvir,
escute o silêncio, nele estará contido
a dor da separação e toda esta emoção,
que me aperta o coração.
Sentimentos que se confundem com a escuridão,
essa sombra que me persegue
e me torna uma anciã.
Adeus... mais uma vez...Adeus.
Só não esqueças que esta foi a sua decisão,
mas se um dia quiseres voltar,
encontrarás abertas as portas do meu coração.



Débora Benvenuti

terça-feira, 19 de julho de 2011

Outono de Sonhos



Outono de Sonhos


Mais um outono de sonhos se desfaz,
 como pétalas pairando no ar.
Suave brisa de tardes outonais
que não voltarão jamais...
O desejo de te encontrar
se vai esmaecendo,
como se nunca tivesse existido
e o amor
que era tão antigo
já não existe mais.
Se o sonho se acabou
E nada mais restou,
Será que foi só um sonho,
Que nenhum de nós sonhou?
Ficou esquecido,
Como uma folha de papel
Sem nada escrito,
Esperando o momento certo
Para rabiscar um adeus
Sem sentido,
Palavras sem nexo,
Que ninguém mais leu...


Débora Benvenuti

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

COMO DIZER...ADEUS!





Como dizer... Adeus!



O silêncio se fez ouvir.
Do outro lado do fio
a notícia que ninguém queria ouvir.
A voz calma,conformada
dizia que o adeus
era questão de dias.
Na luta contra o câncer
ela sofria, em agonia.
Como dizer adeus
a alguém que sofria,
dessa doença que aos pouco
a consumia?
E ela sabia
que a contagem regressiva
chegaria um dia.
Mas estava sozinha:
O marido há muito no mundo sumira,
mas existia a filha.
Sim...existia a filha!
Só que esta fingia
que nem a conhecia.
Partir seria somente
deixar de existir?
Como seria ver o dia nascer,
a noite chegar
sem saber se veria um novo
dia amanhecer?
Eu nem saberia o que dizer
para confortar essa mãe
que via os seus dias assim findar.


  Débora Benvenuti