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domingo, 2 de março de 2014

Nuvem Passageira



Sou nuvem passageira,
tal qual o vento quando sopra
as folhas secas e as faz farfalhar.
Então fico a imaginar como seria
vagar no infinito do teu olhar.
Vejo uma luz se acender,
um lampejo de desejo,
uma lembrança de cada beijo
e um suspiro ao entardecer.
Será que estás a lembrar,
de cada sonho que sonhamos,
debaixo de um céu de estrelas
que só eu ainda vejo brilhar?
Já é outono
e me agasalho do frio da noite
com o meu cobertor de saudades,
deixado pela tua ausência,
quando deixastes de me amar.



Débora Benvenuti

terça-feira, 25 de junho de 2013

Mais uma vez é Outono



As folhas caiem devagar,
outras ainda insistem nos galhos ficar,
mas a brisa morna que sopra
me faz lembrar,
que mais uma vez é outono
e não te vejo chegar.
O sol filtra os seus últimos raios
por entre as folhas secas
que se espalham pelo chão,
formando um tapete mágico
que me traz suaves recordações.
Era outono.
O ar quente e úmido
deixa gotículas escorrerem
das minhas mãos.
E o contato das tuas mãos
a afagar-me o rosto,
era pura sedução.
Hoje sinto a brisa do outono
a acariciar-me o rosto
e num misto de desejo louco,
levo as mãos à face
e sinto o calor a subir-me pelo corpo.



Débora Benvenuti

sexta-feira, 15 de março de 2013

Sedução de Outono



A lingerie de seda negra
sedutoramente ajustada.
A meia-calça na cinta liga fixada.
As meias rendadas com uma
costura delicada,
subia pela perna até as coxas firmes
e bem torneadas.
O scarpin de salto alto
deixava o andar de uma sensualidade
de fêmea esfomeada.
A saia justa com uma fenda
do lado, deixava o perfil alongado.
A silhueta na noite se destacava.
A blusa com botões delicados
eram desabotoados
por mãos firmes,
quase desesperadas.
A pressa em despir todas as peças
incendiava a imaginação
do homem que a acompanhava.
Num frênesi louco e desvairado,
ele não se continha,
até tirar toda a roupa
daquela mulher que tanto o seduzia.
E uma a uma,
as peças ao chão caíam.
As mãos ansiosas
deslizavam na pele macia
e ela se deixava despir
com muita sensualidade.
A boca ansiosa
percorria o corpo
em beijos quentes e cálidos.
Os corpos se tocavam
e ávidos,se amavam.
O desejo aumentava a cada beijo
e os dois se entregavam
a esses momentos íntimos,
sem medo.
Era amor, delírio, desejo.

Débora Benvenuti

terça-feira, 19 de julho de 2011

Outono de Sonhos



Outono de Sonhos


Mais um outono de sonhos se desfaz,
 como pétalas pairando no ar.
Suave brisa de tardes outonais
que não voltarão jamais...
O desejo de te encontrar
se vai esmaecendo,
como se nunca tivesse existido
e o amor
que era tão antigo
já não existe mais.
Se o sonho se acabou
E nada mais restou,
Será que foi só um sonho,
Que nenhum de nós sonhou?
Ficou esquecido,
Como uma folha de papel
Sem nada escrito,
Esperando o momento certo
Para rabiscar um adeus
Sem sentido,
Palavras sem nexo,
Que ninguém mais leu...


Débora Benvenuti

sábado, 16 de julho de 2011

Canção de Outono



Canção de Outono


A chuva fina se transforma em neblina
e os acordes de final de tarde
se apressam a tocar a melodia
do final do dia.
Os pingos da chuva desenham silhuetas
que se movem num vai-e-vem frenético
nos pára-brisas dos carros em movimento.
Não há intenção,
nem pretensão.
Casais que se encontram
e vivem um único encontro.
A canção de Outono se faz ouvir,
Doce, suave, no final da tarde.
Os acordes magistrais
ainda não soaram.
Ouve-se apenas o som melodioso
dessa terna espera.
Sons que se farão ouvir
quando for chegada a hora certa.


Débora Benvenuti

sábado, 16 de outubro de 2010

SONHOS DE OUTONO

 



Sonhos de Outono

 

Durante muito tempo eu andei
procurando por você e não encontrei.
Caminhando pelo bosque,
à sombra de um pé de plátano eu avistei
algumas folhas secas,
que os últimos raios de sol aqueciam
e me deitei,
naquela aconchegante e macia cama
de folhas secas e vazias.
Ouvindo o farfalhar das folhas,
sopradas pela brisa da noite,
eu presenciei,
as primeiras estrelas no céu a piscar,
num inebriante cintilar,
que me fizeram dormir e sonhar.
Era um sonho tão real
que pensei que não fosse mais acordar.
Nele você me dizia,
que ao meu encontro você viria,
e que nós dois estaríamos para sempre juntos,
e eu então diria que o meu amor
por você ainda existia.


Débora Benvenuti