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sábado, 10 de dezembro de 2016

Momentos





São fragmentos de sentimentos,
que se esvaem por entre os dedos,
como pedacinhos incontáveis
de um mosaico que o tempo dispôs
de maneira irreverente.
Quando os vejo,
 o meu desejo é tocá-los,
como se pudesse reorganizá-los
e encaixá-los novamente,
de uma forma diferente,
para poder reviver os momentos
mais marcantes.
O teu rosto eu retoco
com pinceladas de saudades.
 É assim vou levando,
no meu peito o teu retrato
e é com ele que me deito,
sempre tendo-o ao meu lado,
para que o tempo não desgaste
nem apague esses momentos
que ainda guardo no meu pensamento.



Débora Benvenuti

domingo, 2 de março de 2014

Nuvem Passageira



Sou nuvem passageira,
tal qual o vento quando sopra
as folhas secas e as faz farfalhar.
Então fico a imaginar como seria
vagar no infinito do teu olhar.
Vejo uma luz se acender,
um lampejo de desejo,
uma lembrança de cada beijo
e um suspiro ao entardecer.
Será que estás a lembrar,
de cada sonho que sonhamos,
debaixo de um céu de estrelas
que só eu ainda vejo brilhar?
Já é outono
e me agasalho do frio da noite
com o meu cobertor de saudades,
deixado pela tua ausência,
quando deixastes de me amar.



Débora Benvenuti

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vidraça







Quando anoitece,
uma sombra aparece
na vidraça da janela.
Seu vulto se aproxima,
iluminada pela tênue luz
do poste da esquina.
Observo sem ser vista,
por trás da cortina.
Ouço os passos que se afastam,
sempre na mesma rotina.
É a Saudade que me visita
e que não quer me
perder de vista.
Aproxima-se lentamente
e me espreita sorrateiramente.
Depois desaparece,
quando o dia amanhece.
Nada diz,
nada esclarece.
Só me deixa com a sensação,
de que nada mais acontece.




Débora Benvenuti

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quando a saudade vier te visitar




Quando a Saudade vier te visitar


Quando a saudade vier te visitar
e não mais puderes me encontrar,
quero  que lembres cada momento
que  juntos  passamos,
mas não se deixes emocionar,
nem  fiques tristes,
se eu não estiver mais a te esperar.
Se eu tiver que partir
sem  me despedir,
não é por que eu quis,
mas sim, por não mais sentir
que exista algo a nos unir.
Não quero levar tristeza,
nem  quero deixar saudade,
quero  ter a certeza
de  que saberás me entender.
Não quero te ver sofrer,
nem  posso me envolver.
Queria  poder tudo resolver,
mas  não tenho esse poder.
Se isso tudo foi um engano,
perdoe-me, mas não sou leviana,
sou apenas um coração que ama
em busca  desse amor que me aprisiona.


Débora Benvenuti

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A SAUDADE ESTÁ DE VOLTA



A Saudade está de Volta

 

A Saudade está de volta
e bate desesperadamente à porta.
Finjo que não há ninguém em casa,
mas ela astuta.abre a porta e entra.
Ouço seus lamentos,
trazidos pelo vento.
A cortina do meu quarto
rodopia alegremente,
como se estivesse a recordar
suaves tardes outonais,
que não voltarão jamais.
E o meu pensamento traz de volta
tantos sentimentos,
esquecidos num canto escuro
da minha mente.
Em câmera lenta,
vejo esses momentos
se desfazendo em flocos de saudade,
que caiem lentamente
sobre o meu corpo inerte.
Saudade é uma palavra ardente,
que queima os nossos sentimentos,
de forma intermitente.
Ela vai e vem tão sorrateira,
que não deixa marcas na soleira.
Saudade vai,
Saudade vem.
A Saudade nunca se contém,
Nunca sabe se vai...
Ou se vem!


Débora Benvenuti

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

AUSÊNCIA DA SAUDADE




Ausência da Saudade





A tua ausência escorrega no tempo

e vai esconder-se nua em um canto.

Desfaz-se o enlace

que me manteve em teus braços.

Não sinto saudade.

Só o meu pensamento

percorre distraidamente

a tua imagem,

que se desfaz em minha mente.

Não penso,

Não consigo pensar.

Há uma nuvem encobrindo

os meus sentidos

e obstruindo

os meus sonhos,

que já envelhecidos

esqueceram de te lembrar.

Existe uma longa noite sem luar,

Somente sombras a projetar.

E vejo que a saudade

não está mais aqui.

E sem ela

não posso mais te imaginar.

Estás a morrer,

sem um gesto fazer

para que eu possa te lembrar.

Enfim,

Se a saudade chegar,

não mais estarei aqui

para lembrar,

que a tua ausência

há muito se desfez.

E nos meus sonhos

não vou mais te encontrar,

Se a saudade chegar!





Débora Benvenuti

terça-feira, 11 de maio de 2010

UM BONDE CHAMADO SAUDADE



Um Bonde chamado Saudade


Por curvas sinuosas,

transitei cautelosa,

a procura de um amor,

que um dia foi embora.

Por onde esse bonde passa,

a neblina da fumaça,

se confunde em minha mente

transformando o tudo em nada.

E é nas horas vazias,

quando tudo se faz silêncio,

que escuto o chiar do vento,

me chamando tristemente.

E assim ,como um lamento,

vou relembrando dos momentos

em que juntos nos amávamos,

sem pensar em quase nada,

como dois adolescentes,

descobrindo sentimentos.

Hoje já não sei o que sinto,

quando lembro desse tempo,

só sei que é muito antigo

esse sentimento que alimento.

E por ficar assim perdido,

na teia do tempo esquecido,

prefiro lembrar tua ausência

como alguém que muito amei

e que me foi muito querido.


Débora Benvenuti