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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vidraça







Quando anoitece,
uma sombra aparece
na vidraça da janela.
Seu vulto se aproxima,
iluminada pela tênue luz
do poste da esquina.
Observo sem ser vista,
por trás da cortina.
Ouço os passos que se afastam,
sempre na mesma rotina.
É a Saudade que me visita
e que não quer me
perder de vista.
Aproxima-se lentamente
e me espreita sorrateiramente.
Depois desaparece,
quando o dia amanhece.
Nada diz,
nada esclarece.
Só me deixa com a sensação,
de que nada mais acontece.




Débora Benvenuti

sábado, 8 de junho de 2013

O Homem sem Rosto






Na bruma da noite,
o teu vulto eu vejo aparecer
e quanto mais de mim
te aproximas
mais eu desejo te ver.
Mas sempre é a mesma coisa:
- Vejo que te aproximas devagar,
como se flutuasses no ar.
Teus passos são leves,
seguros, decididos.
Estendo os braços
e tento te abraçar,
mas por mais que eu tente
o teu rosto tocar,
percebo que estás envolto
em uma bruma cerrada
e assim de mim não consegues
te aproximar.
Tento visualizar o teu rosto,
mas vejo com desgosto,
o quanto é difícil te tocar.
A bruma se dissipa no ar,
então penso que é hora
do teu rosto eu vislumbrar,
mas vejo com tristeza
que acabo de acordar.



Débora Benvenuti