Na bruma da noite,
o teu
vulto eu vejo aparecer
e quanto
mais de mim
te
aproximas
mais eu
desejo te ver.
Mas
sempre é a mesma coisa:
- Vejo
que te aproximas devagar,
como se
flutuasses no ar.
Teus
passos são leves,
seguros,
decididos.
Estendo
os braços
e tento
te abraçar,
mas por
mais que eu tente
o teu
rosto tocar,
percebo
que estás envolto
em uma
bruma cerrada
e assim
de mim não consegues
te
aproximar.
Tento
visualizar o teu rosto,
mas vejo
com desgosto,
o quanto
é difícil te tocar.
A bruma
se dissipa no ar,
então
penso que é hora
do teu
rosto eu vislumbrar,
mas vejo
com tristeza
que acabo
de acordar.
Débora Benvenuti