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sábado, 8 de junho de 2013

O Homem sem Rosto






Na bruma da noite,
o teu vulto eu vejo aparecer
e quanto mais de mim
te aproximas
mais eu desejo te ver.
Mas sempre é a mesma coisa:
- Vejo que te aproximas devagar,
como se flutuasses no ar.
Teus passos são leves,
seguros, decididos.
Estendo os braços
e tento te abraçar,
mas por mais que eu tente
o teu rosto tocar,
percebo que estás envolto
em uma bruma cerrada
e assim de mim não consegues
te aproximar.
Tento visualizar o teu rosto,
mas vejo com desgosto,
o quanto é difícil te tocar.
A bruma se dissipa no ar,
então penso que é hora
do teu rosto eu vislumbrar,
mas vejo com tristeza
que acabo de acordar.



Débora Benvenuti