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terça-feira, 12 de junho de 2012

No túnel do Tempo



No Túnel do Tempo



O silêncio escorrega
no túnel vazio da tua ausência.
As palavras despem-se
do sentido que as cobrem
e vestem-se de longos momentos
de agonia.
Já não ouço mais nenhum som.
O vazio aumenta.
O vácuo engole voraz
a tua imagem
e o meu pensamento desfalece,
e audaz se desfaz,
na poeira do tempo
que o contempla.
Quero gritar,
mas nenhum som
se dispõe a me escutar.
As palavras se dispersam
e se perdem num emaranhado
de teias invisíveis.
Não vejo mais sentido
em nada do que eu digo.
Nem com frases mais eu consigo
descrever o que eu sinto.
O tempo corroeu o meu eu.
Desfez as marcas incrustadas
na saudade que grita
e agoniza na calçada.



Débora Benvenuti

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Um Túnel chamado Esperança



Um túnel chamado Esperança



Assim nos encontramos,
num túnel escuro,
no meio do nada,
sem saber o que há
do outro lado.
Somente o eco
 de nossas palavras
soaram confusos
e mesmo difusos,
se fizeram ouvir
e juntos decidimos
para onde seguir.
Caminhamos sem medo,
pois não há segredo
que não possamos
os dois juntos descobrir.
São sentimentos que nos fazem
outros caminhos seguir.
Já conhecemos os nossos desejos
e nessa busca incessante,
só queremos seguirmos juntos,
nessa longa estrada,
que nos conduz nesse túnel sem luz,
a um lugar chamado Esperança,
que é tudo o que nos resta,
além de nossas lembranças...

Débora Benvenuti

sábado, 15 de janeiro de 2011

CAMINHANTES



Caminhantes


Há um caminho estreito
por onde passam tantos caminhantes.
Alguns desistem e se jogam a um canto,
cansados, oprimidos, ofegantes.
Os fardos que carregam pesam tanto,
que a caminhada se torna desgastante.
Muitos continuam a caminhada
rumo a um novo amanhecer,
mesmo não sabendo
 o que lhes possa acontecer.
O que importa é não desistir,
mesmo que muitos possam insistir
e dizer que é hora de retroceder,
que a caminhada é longa
e que você não vai conseguir.
Se sentires que os teus pés
estão dormentes
e que já não consegues seguir adiante,
não desanimes, seja confiante.
Descanse por um momento,
mas não ouças o que te dizem neste instante,
pois quem já desistiu,
há muito esqueceu o valor de ser constante.
Há uma luz no final do túnel
e o caminho é longo e tortuoso,
mas se continuares com alento,
por certo encontrarás essa luz
a luzir intermitente...

Débora Benvenuti