Ensina-me a Viver
A tarde esmaece de mansinho,
como se não quisesse ceder lugar à noite
que se aproxima e traz consigo um raio de luar
para iluminar o meu caminho.
Sonhos apenas ou palavras amenas,
tudo é tão pequeno quando não te encontro
nesses doces momentos em que povoas
o meu pensamento...
Ensina-me a viver com a lembrança dessa noite
que ainda não tivemos,
mas que é tão real e me faz sonhar
nas coisas que diremos quando
nesse dia o meu sonho se realizar.
O fogo na lareira,
a vela acesa,
o crepitar das chamas,
a lua cheia,
o reflexo do luar
a iluminar a noite inteira.
Só eu e você,
corpos sedentos,
desejos e beijos ardentes,
delírios, sonhos, paixões
uma doce ilusão,
que faz do meu sonho
a mais doce emoção
que só um coração que ama
transformaria em paixão...
Débora Benvenuti
Um comentário:
Lindo poema! Viajei nos versos e me reportei a uma época de minha vida, que, embora um pouco distante na dimensão do tempo imposto pelo homem, é muito presente num espaço de vida que PULSAM. Sim, no plural, apesar de parecer uma agressão à Língua Portuguesa. Ou seja, PULSA o presente e PULSA o espaço de vida.
No fundo, o seu poema também me faz lembrar dos TITÃS: "O pulso ainda pulsa...". E enquanto o pulso pulsa, há vida. E é isso que importa. Enquanto há vida, há esperança...
Beijos!!!
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