quarta-feira, 23 de junho de 2010

ENSINA-ME A VIVER



Ensina-me a Viver





A tarde esmaece de mansinho,

como se não quisesse ceder lugar à noite

que se aproxima e traz consigo um raio de luar

para iluminar o meu caminho.

Sonhos apenas ou palavras amenas,

tudo é tão pequeno quando não te encontro

nesses doces momentos em que povoas

o meu pensamento...

Ensina-me a viver com a lembrança dessa noite

que ainda não tivemos,

mas que é tão real e me faz sonhar

nas coisas que diremos quando

nesse dia o meu sonho se realizar.

O fogo na lareira,

a vela acesa,

o crepitar das chamas,

a lua cheia,

o reflexo do luar

a iluminar a noite inteira.

Só eu e você,

corpos sedentos,

desejos e beijos ardentes,

delírios, sonhos, paixões

uma doce ilusão,

que faz do meu sonho

a mais doce emoção

que só um coração que ama

transformaria em paixão...



Débora Benvenuti

Um comentário:

Francisco Mattos disse...

Lindo poema! Viajei nos versos e me reportei a uma época de minha vida, que, embora um pouco distante na dimensão do tempo imposto pelo homem, é muito presente num espaço de vida que PULSAM. Sim, no plural, apesar de parecer uma agressão à Língua Portuguesa. Ou seja, PULSA o presente e PULSA o espaço de vida.
No fundo, o seu poema também me faz lembrar dos TITÃS: "O pulso ainda pulsa...". E enquanto o pulso pulsa, há vida. E é isso que importa. Enquanto há vida, há esperança...
Beijos!!!