quinta-feira, 24 de junho de 2010

OS MESMOS ERROS






Os Mesmos Erros







Alguém já disse que os filhos não são propriedade dos pais e eu nunca quis que vocês fossem minhas propriedades, meus filhos. Quis somente lhes mostrar o caminho certo, porque esse caminho que hoje vocês percorrem, eu já percorri há muito tempo. E não colhi só rosas não. Encontrei muitas pedras pelo caminho. Muitas delas eu as retirei, porque sabia que um dia vocês também passariam por ali e não queria que essas mesmas pedras ferissem os seus pés, nessa longa caminhada que vocês dois, meus filhos, tem pela frente.
É certo que muitas vezes eu fiz coisas erradas, disse o que não deveria dizer, mas foi por amor, por medo que vocês se machucassem. Os olhos de uma mãe, são como os olhos de uma águia. Eles enxergam muito mais longe e vêem de cima, o que vocês não conseguem ver de perto. As experiências de vida, isto é certo, é só de vocês. Eu não posso vivê-las nem retirar todas as pedras do caminho, porque essas pedras, vocês terão que aprender a contorná-las ou se forem sábios, retirá-las vocês mesmos, porque eu não posso estar perto em todos os momentos para ajudá-los a carregá-las ou retirá-las, para que um dia os filhos de vocês não tropecem nelas.
O que eu tinha para ensinar à vocês, eu já o fiz e continuarei fazendo, sempre. Quando precisarem da minha ajuda ao tropeçarem em alguma pedra que tenham esquecido de retirar, eu estenderei a minha mão para possam se reerguer. Um dia, quando vocês tiverem os seus próprios filhos, farão exatamente o que eu faço hoje: tentarão protegê-los da melhor forma possível, como eu faço agora, quando os vejo cometendo os mesmos erros que eu cometi um dia. E ficarão tristes e ansiosos, cada vez que eles escorregarem e fizerem algo errado. Então, meus filhos, vocês me darão razão e lembrarão que um dia eu disse a mesma coisa que hoje você dizem aos seus filhos. A vida é um círculo e quando ele se fecha, começa a girar novamente. É a lei da vida, e assim sempre será, passe o tempo que passar.
Eu os amarei sempre,



 


Débora Benvenuti

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