sábado, 13 de agosto de 2011

A Procura



A Procura

  
Procuras um amor
Que preencha este vazio
Esta lacuna fria
Que atormenta teu ser
Posso merecer sua atenção
Pegar na tua mão
Conduzi-la pelos caminhos
Que te levaram a mim

Poderei ser este felizardo
Receber este prêmio
Contigo neste ser lindo
Delicado e que desejo
Cada dia da minha existência

Sempre que preciso estais aqui
Amável e delicada
Amorosa e paciente
Sempre me inspira a falar de amor
Reclamas da solidão
Deste coração que vazio bate
Ecoa no teu quarto
Nas madrugadas escuras
Como vielas sombrias

Pudesse eu te tocar
Amar-te com paixão
Deitar-te sobre mim
Ouvir minhas súplicas
Sentir meu calor que se esvai
Um coração que ecoa no peito
Sempre em busca do teu
Mas que a distância impede-me
Segrega-me no meu quarto
Olhando o teu retrato

E imaginando o teu rosto
Me perco tantas noites
A pensar em tantas coisas
Que não admito, rejeito.
Mas o pensamento surge novamente
E eu perco o sono.
Então me levanto
E a solidão me acompanha.
São tantas noites insones
E tantas coisas estranhas.

Se pensar, não sonho,
Se sonhar, não penso.
E assim vou vivendo
Cada dia com mais desejo
De ver outro dia amanhecer
E os meus sonhos acontecer.


Dueto com o poeta Gerson
e Débora Benvenuti

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Espelho da Alma



Espelho da Alma


A imagem que se reflete
me deixa inerte.
Transponho a tênue linha
que me separa do consciente
e me vejo perdida
numa névoa envolvente.
Vislumbro sombras distorcidas
no tempo já esquecidas.
Quero enxergar além
da visão turva que
meus olhos vêem.
E te vejo de mim te distanciares,
como se estivesses partindo
para nunca mais voltares.
Grito o teu nome
e o eco retumba como flechas
lançadas a esmo,
num lugar negro e escuro.
Sinto calafrios e a minha alma
parece a mim não mais pertencer.
Vejo tudo escurecer.
Não sinto mais as lágrimas a escorrer.
Somente o vazio ao meu redor
quebra a imagem deste silêncio que me faz sofrer.


Débora Benvenuti

terça-feira, 19 de julho de 2011

Outono de Sonhos



Outono de Sonhos


Mais um outono de sonhos se desfaz,
 como pétalas pairando no ar.
Suave brisa de tardes outonais
que não voltarão jamais...
O desejo de te encontrar
se vai esmaecendo,
como se nunca tivesse existido
e o amor
que era tão antigo
já não existe mais.
Se o sonho se acabou
E nada mais restou,
Será que foi só um sonho,
Que nenhum de nós sonhou?
Ficou esquecido,
Como uma folha de papel
Sem nada escrito,
Esperando o momento certo
Para rabiscar um adeus
Sem sentido,
Palavras sem nexo,
Que ninguém mais leu...


Débora Benvenuti

O Amor e a Falsidade


O Amor e a Falsidade


O Amor
quando é verdadeiro,
não precisa de mensageiros.
Ele existe de uma só maneira,
se é falso
ou verdadeiro,
se é nobre
ou se é pobre,
esse sentimento
existe de forma traiçoeira:
- A muitos,
faz viver no paraíso.
A outros,
nas profundezas escuras da alma,
que se alimenta de incertezas,
vive de avarezas,
transforma todo o amor
em falsidade,
vive na lama da caridade.
Subjuga
e enferruja
a chave da lealdade
e assim procede,
impedindo o amor
de respirar liberdade.
Todo o amor
que não é correspondido,
não aceita ser traído,
nega-se a si próprio
o direito de ser honesto,
prefere viver dos restos
que sobraram no prato.
Se contenta com a incerteza,
prefere viver com a tristeza
de amar sem ser amado,
e não percebe que o amor
para ser vivido
em todo o seu esplendor,
não pode viver da dor,
nem pode ser dividido.
Tem que ser a soma
de dois corações apaixonados...

Débora Benvenuti

sábado, 16 de julho de 2011

Canção de Outono



Canção de Outono


A chuva fina se transforma em neblina
e os acordes de final de tarde
se apressam a tocar a melodia
do final do dia.
Os pingos da chuva desenham silhuetas
que se movem num vai-e-vem frenético
nos pára-brisas dos carros em movimento.
Não há intenção,
nem pretensão.
Casais que se encontram
e vivem um único encontro.
A canção de Outono se faz ouvir,
Doce, suave, no final da tarde.
Os acordes magistrais
ainda não soaram.
Ouve-se apenas o som melodioso
dessa terna espera.
Sons que se farão ouvir
quando for chegada a hora certa.


Débora Benvenuti

sábado, 9 de julho de 2011

Em busca do Amanhã



Em busca do Amanhã

   
Anoitece...
 quantos vezes anoitece
 e o amanhã, nunca amanhece...
 Vejo luzes tremeluzindo
 na escuridão da minha alma.
 Serão estrelas que vagueiam,
 perdidas no espaço
 ou será apenas
 a esperança,
 que me estende
 os seus braços?
 Percorro o estreito espaço
 que me separa da lucidez
 ou da loucura
 e fico a tua procura,
 sem saber se és de fato,
 tudo aquilo que eu desejo
 ou se és apenas a sombra
 do meu pensamento,
 que me atormenta
 e me deixa assim confusa.
 Vagueio lentamente,
 perdida entre sonhos e delírios
 e quanto mais eu penso,
 mais a dúvida me acompanha
 e traça figuras estranhas,
 nesse emaranhado
 de formas obscuras,
 onde nada é certo
 e tudo é só uma aventura.
 Queria ver o amanhecer,
 mas já é tão tarde,
 que julgo escurecer a luz difusa
 de um novo amanhecer
 e nas cinzas desse dia que nunca
 amanhece,
 vejo o teu vulto desaparecer.
 Sumir ao longe...
 depois de um novo anoitecer...


Débora Benvenuti

Estarei Contigo


Estarei Contigo


Quando a tarde cair lentamente
e os raios de sol declinarem no horizonte,
Eu estarei contigo neste instante.
Veremos a noite nos cobrir
com o seu manto
e a delicada brisa a soprar
melodias cheias de poesia e encanto.
E não serei mais apenas virtual,
alguém que conhecestes um dia
numa página de encontros casuais.
Apesar do tempo ter passado lentamente,
continuamos a alimentar esse amor,
que não consegue mais sair de nossas mentes.
Eu estarei contigo,
como tantas vezes desejamos e sonhamos.
Construímos esse momento tantas vezes,
que mal posso esperar que aconteça.
Faço planos,
conto os dias ansiosamente
e te desejo ainda mais,
pois nunca saístes do meu pensamento.
E quando esse dia chegar,
Eu estarei junto a ti.
Então nossos sonhos irão se realizar
e iremos nos amar,
Sem esse oceano a nos separar...


Débora Benvenuti

Ode ao Amor


Ode ao Amor

Amo o amor de qualquer jeito,
do jeito que ele vier.
Não importa se tem defeitos,
Amo-te do meu jeito.

O amor que te dedico
não tem portão nem endereço.
Existe no meu coração
em forma de oração.

E todo o dia eu te ofereço
O meu amor em versos,
Sem muitos adereços,
És todo o meu universo.

Amo o amor
E sem ele eu não existo.
Se de amor também vives,
Deixa-me te amar...Eu não resisto!


Débora Benvenuti