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quarta-feira, 13 de junho de 2012

As Lágrimas do Mar




As Lágrimas do Mar




Caminho pela praia,
numa noite clara,
com as estrelas a cintilar
e o mar a iluminar.
Vejo a lua a beijar o mar,
então fico a imaginar,
que eu poderia estar
em seu lugar,
sentindo  a brisa que o vento traz
e as canções que ouço o mar cantar,
num eterno sussurrar.
São canções de amor,
que falam de uma imensa dor,
a dor de não poder te encontrar.
E quão sofrido é esse canto
ou será apenas o meu pranto,
que se mistura às águas do mar?
Por que será que essa lágrima
tem o mesmo sabor que há no mar?
Será que as lágrimas verteram
todas para o mar,
ou será que foi o mar,
que chorou por seu amor?
Assim como o mar vem chorar
na praia essas lágrimas de dor,
espero que o vento as devolva
ao meu amor,
não como lágrimas derramadas,
mas como ondas que retornaram
de um encontro de amor.


Débora Benvenuti

sábado, 28 de abril de 2012

Espelho da Alma



Espelho da Alma






A imagem que se reflete
me deixa inerte.
Transponho a tênue linha
que me separa do consciente
e me vejo perdida
numa névoa envolvente.
Vislumbro sombras distorcidas
no tempo já esquecidas.
Quero enxergar além
da visão turva que
meus olhos vêem.
E te vejo de mim te distanciares,
como se estivesses partindo
para nunca mais voltares.
Grito o teu nome
e o eco retumba como flechas
lançadas a esmo,
num lugar negro e escuro.
Sinto calafrios e a minha alma
parece a mim não mais pertencer.
Vejo tudo escurecer.
Não sinto mais as lágrimas a escorrer.
Somente o vazio ao meu redor
quebra a imagem deste silêncio que me faz sofrer.


Débora Benvenuti

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Espelho da Alma



Espelho da Alma


A imagem que se reflete
me deixa inerte.
Transponho a tênue linha
que me separa do consciente
e me vejo perdida
numa névoa envolvente.
Vislumbro sombras distorcidas
no tempo já esquecidas.
Quero enxergar além
da visão turva que
meus olhos vêem.
E te vejo de mim te distanciares,
como se estivesses partindo
para nunca mais voltares.
Grito o teu nome
e o eco retumba como flechas
lançadas a esmo,
num lugar negro e escuro.
Sinto calafrios e a minha alma
parece a mim não mais pertencer.
Vejo tudo escurecer.
Não sinto mais as lágrimas a escorrer.
Somente o vazio ao meu redor
quebra a imagem deste silêncio que me faz sofrer.


Débora Benvenuti