quarta-feira, 12 de maio de 2010

ECOS



Ecos 




O som dos teus passos
ainda ecoam
no silêncio vazio da noite.
E eu continuo ouvindo
 esse mesmo som,
cada vez que observo a rua
da janela do meu quarto.
As horas se arrastam lentamente,
como se sentissem o peso da solidão.
E a chuva fina que bate
de encontro às vidraças,
se defaz em lágrimas que rolam
pelo chão.
Por breves intantes,
a tua presença se torna quase real.
É quando sinto
que o som dos teus passos
é o bater descompassado
do meu próprio coração.


Débora Benvenuti

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