quarta-feira, 5 de maio de 2010

AS DUAS PORTAS





As Duas Portas



Sigo por uma estrada

quase sempre sozinha,

e por mais que eu caminhe,

meus passos cansados

da longa jornada,

tropeçam exaustos

nas pedras do caminho.

Percebo ainda que tenho

muito que andar,

nesta longa jornada

não posso parar.

Se juntasse as pedras

que encontrei nesta estrada,

na certa daria para

uma cabana construir,

e nela meu corpo cansado

poderia dormir.

E sempre que durmo,

acordo assustada,

e que o caminho

não é mais uma estrada.

Ao longe percebo

que há duas entradas

e a escolha fica mais complicada:

- Qual destas portas eu devo abrir?

E se depois de aberta,

se eu devo seguir.

Então fico na dúvida,

se não é a outra porta

que eu devo abrir.

Enquanto hesito...desisto.

E as duas portas trancadas

Eu deixo de abrir...

 

Débora Benvenuti

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