segunda-feira, 17 de maio de 2010

A CANÇÃO DO RIO



A Canção do Rio
 


Observo as águas mansas

do rio a correr.

Serenas e tranqüilas,

entre as pedras ,

que se escondem quietas,

afogadas e perdidas,

nessas águas que correm

sempre para o mesmo mar,

carregando consigo uma canção

tão triste, que mesmo o reflexo

do luar não é capaz de apagar,

a tristeza que se reflete

no meu olhar.

Uma folha cai e segue,

serena entre as águas,

empurradas pela brisa do vento,

que sopra devagar,

fazendo a folha flutuar,

sem parar.

E novamente a canção do rio

se faz ouvir,

na quietude mansa da noite,

que se enfeita de preto,

só para dizer,

que serão assim as noites,

que terei que viver,

Sem nunca mais te ver.





Débora Benvenuti

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