sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Seria tão Simples


Seria tão simples,
estender a mão e poder te tocar,
se eu pudesse te encontrar...
Seria tão simples,
eu dizer que quero te amar,
e esse sonho eu pudesse realizar...
Seria tão simples,
contigo nos meus sonhos
os meus sonhos sonhar,
se eu pudesse te amar...
Seria tão simples,
esses versos transformar,
e com eles dizer
o quanto eu te quero amar,
se eu pudesse te encontrar...
Seria tão simples,
se me dissesses que é amor,
esse sentimento que tens para dar,
se me pudesses amar...
Seria tão simples,
se me dissesses apenas,
- Eu te quero amar...
mas enquanto eu espero,
só quero te dizer
o quanto é grande esse amor,
que eu tenho para te dar,
se me pudesses amar...
Seria tão simples dizer
"Eu te Amo"
se não houvesse um oceano
a nos separar...
por isso eu espero,
que um dia essa espera
possa acabar,
e nos teus braços
eu possa me aconchegar,
e dizer o quanto eu te quero amar,
se eu pudesse te encontrar!




Débora Benvenuti

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Palavras ao Vento




Direi ao vento
a todo o momento,
as palavras de amor
que nunca falei
e talvez você, onde estiver,
as possas ouvir
de uma outra mulher...
Então saberás
que essas mesmas palavras
jogadas ao vento
é um triste lamento
que se perderam no tempo
do meu pensamento.
São palavras sussurradas
com tanta emoção
que ainda fazem eco
no meu coração.
E tu as dissestes com convicção
e isso me faz pensar
como é triste a solidão,
de quem acreditou nessa suave canção
que embala os meus sonhos,
quando adormeço,
com a tua imagem no meu coração.




Débora Benvenuti

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Adeus às Ilusões






Quem me dera ter esperança,
se só vivo da lembrança,
que ficou perdida na criança,
que existiu na minha infância,
e que hoje já não tem mais a inocência,
nem os mesmos sonhos
que povoaram a minha mente,
e que hoje são apenas reflexos
do espelho que reflete
o que já não sou,
mas que me impele
a desejar sentir na pele
o suave perfume da primavera,
daqueles dias angelicais,
em que percorria os trigais,
e o tom amarelado
dos últimos raios do sol,
se infiltrando por entre as folhas,
num suave toque aveludado,
despertando ainda mais o meu desejo,
de voltar a viver esses momentos
e jamais dizer adeus às ilusões
de tardes tão angelicais...




Débora Benvenuti

sábado, 25 de janeiro de 2014

Só se for Amor




Você diz que me ama
e eu tenho certeza que o teu coração
não te engana.
Mas como me falas de Amor,
através de uma tela de computador?
Como posso acreditar
quando dizes me amar,
se eu nem ao menos
posso o teu rosto tocar?
Só se for Amor...
Quanto ouço o telefone tocar
e me dizes baixinho:
- Sou teu Amor
e te quero falar,
vê se me entendes
só te quero Amar...
E se não for Amor o que será
que te faz sussurrar,
palavras tão ternas
que nem ao menos sei se serão eternas...?
Só se for Amor...
Mas tenho medo de mais um dissabor,
por isso te digo, não acredito mais no Amor
de uma tela de computador...
Só se for Amor...




Débora Benvenuti

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Quem é você?





Quem é você,
que me olha e não me vê?
Quem é você,
que me fala e não me escuta?
Quem é você,
que aparece nos meus sonhos,
mas comigo não sonha?
Quem é você,
que diz que me ama e
assim que desperto,
não está mais por perto?
Quem é você,
que me fala de amor,
sem saber que o amor não tem o sabor
desse licor que os teus lábios contém?
Quem é você,
que me encanta e me fascina
e depois, como suave neblina
se esvai em cada esquina?
Quem é você,
que me aprisiona e me fascina
e me deixas assim tão sozinha?
Será...Você...?



Débora Benvenuti

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mais uma vez...Adeus!





Mais um sonho perdido,
mais um choro contido.
Sonhos que vem e vão, em vão.
Do silêncio, fez-se a lágrima,
da lágrima...a solidão...
Duas gotas que queimam
muito mais que brasa no sertão.
Só desejo que a dor que eu sinto agora,
jamais adormeça no seu coração.
Por mais que eu busque uma explicação,
são momentos que jamais se apagarão
da minha recordação,
e quando um dia puderes entender,
sei que me darás razão.
Mas nesse dia eu sei que não mais
poderás me chamar...mamãe!
E se eu não puder mais te ouvir,
escute o silêncio, nele estará contido
a dor da separação e toda esta emoção,
que me aperta o coração.
Sentimentos que se confundem com a escuridão,
essa sombra que me persegue
e me torna uma anciã.
Adeus... mais uma vez...Adeus.
Só não esqueças que esta foi a sua decisão,
mas se um dia quiseres voltar,
encontrarás abertas as portas do meu coração.



Débora Benvenuti

domingo, 29 de dezembro de 2013

À beira de um Caminho










É assim que me sinto,
depois de muito andar,
cansada,faminta.
nos pés a fadiga,
me impede o caminho,
e na estrada da vida,
caminho sozinha.
Percebo à distância,
o muito que percorri
e pela estrada da vida,
o muito que perdi.
Se não trago bagagens,
há muito esqueci.
Só trago lembranças
do que nunca vivi.
E à beira de um caminho,
me deixo ficar.
Embaixo de uma macieira,
me sento a pensar.
São tantos os caminhos
que tenho a seguir,
no entanto,
por mais  que eu queira,
nesta estrada traiçoeira,
e à beira de um caminho,
que me deixo ficar...


Débora Benvenuti

Sonhos






Já sonhei todos os sonhos
que me permiti sonhar...
Vivi todos os dias a espera
de que um deles, um dia
eu pudesse realizar.
E mesmo que alguém me dissesse,
não se canse de sonhar,
sei que um deles
eu não poderia imaginar,
um dia acontecendo,
sem que me fizesse chorar:
- O sonho de você me amar...



Débora Benvenuti

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Lembranças da minha Infância


Ainda me lembro,

as eternas brincadeiras de criança,
as belas tardes fagueiras,
as noites de lua cheia,
quando corríamos atrás dos vaga-lumes
para iluminar a lâmpada pendurada na figueira,
onde brincávamos de casinha
quando era tão pequena.
A brasa do cigarro,
que pensei ser um vaga-lume
e que me dissestes para pegar,
naquela noite escura,
em que pouca luz tínhamos na nossa rua...
Os brinquedos que fazias,
recortando lata vazia,
soldando e pintando,
colando figuras d'água,
para imitar as que existia.
O carrinho com motor,
que fizestes com tanto amor
e que tinha até acelerador.
As estórias que ouvíamos de nosso avô
e que eu dizia,
quando crescer,vou escrever,
para nunca mais esquecer.
Da bruxa do disco voador,
que correu atrás de você
e te fez passar pela porta de vidro
e depois disso,
nunca mais aparecer...
Quanto medo eu tinha
do lobisomem que imaginava estar
sempre a me esperar,
quando eu ia na casa da minha avó,
buscar o mata mosquito,
que minha mãe sempre esquecia de comprar,
e que eu temia sempre ter que buscar.
Andar à cavalo na fazenda do outro avô,
ver as ovelhas no pasto de manhã.
O leite quentinho na mangueira,
pular a cerca da porteira,
e dar milho às galinhas,
que ciscavam pelo pátio
e tantos outros momentos mágicos,
guardados na lembrança,
belas  cenas da infância,
que ainda guardo com carinho.
Depois o silêncio...
O relógio parado no quarto,
marcando a hora da partida,
tão criança ainda.
O frio que senti nessa hora,
o som das batidas na porta,
avisando a despedida,
o adeus e depois a saudade
que sinto ainda agora
e a tristeza que me devora,
porque sei que nunca mais
iremos brincar como outrora,
suaves tarde outonais,
que não voltarão jamais.
E daí onde estás, meu irmão,
sei que ainda ouvirás,
o som dos nossos risos,
que se perderam quando partistes,
para nunca mais voltar...



Débora Benvenuti

Homenagem à meu irmão, Naor Benvenuti



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sombras no Nevoeiro





Muitas vezes eu te vejo nos meus sonhos,
e sei que você existe,
Mas não consigo ver o teu rosto,
e isso me deixa triste.
Percebo apenas um vulto
envolto no nevoeiro.
E é sempre o mesmo vulto
que povoa os meus sonhos.
Está sempre ao meu lado,
acompanhando os meus passos.
Estende os braços, me dá um abraço,
mas foge quando percebe
que posso desvendar seus traços.



Débora Benvenuti