segunda-feira, 26 de julho de 2010

PROPOSTA IN(DE COR ROSA)




Proposta In ( de Cor Rosa)






Eu te proponho

Manter segredo,

Fazer amor

De manhã cedo.

Passear de mãos dadas

Sem pensar em nada.

Ver o sol se pôr,

Cor de rosa.

Esquecer o tempo,

Sem contratempo.

Passear descalça

Pela calçada.

Tomar banho de cachoeira.

Encher a banheira

De Espuma de Prata.

(Espumante)

Beber em taças

Licor de anis.

Sentir o aroma

penetrando pelo nariz.

Comer morangos

Com chantily.

São propostas que eu nunca fiz

À alguém que eu sempre quis.





Débora Benvenuti






sábado, 24 de julho de 2010

INQUIETUDE







Inquietude





A noite cai.

O silêncio se faz.

Nada é

o que poderia ser.

Invento um verso,

disperso.

A inquietude se traduz

em fragmentos de sentimentos

que a minha alma conduz.

Não sinto, não vejo,

Nada desejo.

Falta-me um aconchego.

Sinto falta dos teus beijos,

cálidos,molhados,profanos.

Vejo-me como um bichano

feito de pano e insano,

a andar sorrateiro,

a noite inteira.

Escorrego na insensatez

da tua ausência

e debruço-me sobre

a tua propensa embriaguês.

Bebo dos teus lábios

o néctar viscoso,

misto de odores

de outros amores.

Sinto a inquietude

diminuir a minha lucidez.

Faço versos diversos

e disperso a névoa

que envolve a minha nudez.



Débora Benvenuti

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ABRAÇA A MINHA ALMA




Abraça a minha Alma

 


Abraça a minha alma com ternura,

como se estivesses abraçando a lua.

Eu iluminaria o teu coração

com candura.

Como toda a lua,

seria como o mel,só doçura.

Se pensares em mim na noite escura,

quando no céu eu aparecer

calada e pura,

sinta a energia que te envio,

como forma de te amar,

sinta-me nos teus braços a sonhar.

Embala-me com carinho,

pois estou só e no céu caminho.

Sinto-me perdida

e só em ti eu ainda penso.

Quando olhares o firmamento

e no céu não me encontrares,

estarei afofando as nuvens

para nos teus sonhos

eu adormecer quando sonhares.



Débora Benvenuti



segunda-feira, 19 de julho de 2010

SEDUÇÃO DE OUTONO



Sedução de Outono







A lingerie de seda negra

sedutoramente ajustada.

A meia-calça na cinta liga fixada.

As meias rendadas com uma

costura delicada,

subia pela perna até as coxas firmes

e bem torneadas.

O scarpin de salto alto

deixava o andar de uma sensualidade

de fêmea esfomeada.

A saia justa com uma fenda

do lado,deixava o perfil alongado.

A silhueta na noite se destacava.

A blusa com botões delicados

eram desabotoados

por mãos firmes,

quase desesperadas.

A pressa em despir todas as peças

incendiava a imaginação

do homem que a acompanhava.

Num frenesi louco e desvairado,

ele não se continha,

até tirar toda a roupa

daquela mulher que tanto o seduzia.

E uma a uma,

as peças ao chão caiam.

As mãos ansiosas

deslizavam na pele macia

e ela se deixava despir

com muita sensualidade.

A boca ansiosa

percorria o corpo

em beijos quentes e cálidos.

Os corpos se tocavam

e ávidos,se amavam.

O desejo aumentava a cada beijo

e os dois se entregavam

a esses momentos íntimos,

sem medo.

Era amor, delírio, desejo.



Débora Benvenuti

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PROUCURA-SE UM NAMORADO




 


Procura-se um Namorado





Procura-se um namorado,

que foi perdido em lugar incerto

e não sabido.

Não possuía nada de seu,

tudo o que carregava, eram versos meus.

Ele chega de mansinho

e povoa os meus sonhos,

com tanto amor e carinho,

que mais parece um menino,

perdido pelo caminho.

Traz nas mãos flores,

de todas as cores

e as estende em um tapete tão macio,

que me faz sentir,

o quanto o seu amor pode ser gentil.

É assim que ele aparece,

quando anoitece

e nos meus sonhos ele adormece.

Mas quando amanhece,

percebo que é apenas

nos meus versos,

que ele ainda permanece.

Procura-se um namorado,

que desaparece quando amanhece...

Se você encontrar alguém assim,

você já sabe,

são pedaços dos meus versos,

que espalhei pelo universo...



Débora Benvenuti


quarta-feira, 7 de julho de 2010

CANÇÃO DA DESPEDIDA



Canção de Despedida




Tão suave é a canção

que ouço meu coração a cantar.

Ninguém imagina o que ele possa

estar a lembrar...

São sensações esquecidas

que um outro alguém

um dia esteve a embalar...

E ele ouve as notas perdidas

que o vento se encarrega

de soprar.

A cada nota ouvida

faz esse coração aos poucos

se calar.

Quer ouvir a melodia

mas já não consegue

mais se enganar.

Será tão triste a despedida,

que nem mais a melodia

o vento seja capaz de carregar?

Só o silêncio assovia

e na distancia a melodia

do final do dia

termina com a rotina

que não mais quer calar.

Os sons se despedem

e os acordes finais

fazem as cordas vibrar,

num triste entardecer

de um amor

que não conheceu

O amanhecer...



Débora Benvenuti

sábado, 3 de julho de 2010




  


A noite chega de repente

e traz a melancolia

para me fazer companhia.

Escuto os sons da rua

e não vejo mais a lua

da janela do meu quarto.

Acho que ela se escondeu

para não me responder

o que faço eu,

se já não sei mais quem eu sou.

Serei a sombra de um amor

que está morrendo de dor,

da dor de não ter um amor.

A solidão passeia na clareira,

sob a luz da lua cheia.

Seu vulto se delineia

e eu a posso ver

se enroscando no meu travesseiro,

estendendo as mãos traiçoeira,

me abraçando por inteiro.

Tento gritar bem alto,

mas nenhum som se ouve na madrugada.

O ar está quente, abafado

e eu sinto o suor escorrer-me pela face,

deslizando em gotas,

que umedecem a minha roupa .

A solidão abre as gigantescas asas,

e pousa sobre mim.

Com garras afiadas,

rasga a minha pele,

desnuda a minha alma

e me deixa nua.

Sinto a pele arder,

os olhos escurecer

e sem poder me conter,

acordo para mais um amanhecer...


Sem você!




Débora Benvenuti