Quem sabe um dia,
eu te verei
chegar sorrindo,
e toda essa
angústia
que me sufoca e
me deprime,
será apenas uma
lembrança
de um passado já
distante.
Quanto tempo
ainda terei
que conviver com
o coração ferido,
se tudo que eu
preciso é da
tua presença
e isso eu não
consigo,
porque a
distância é como um
abismo,
intransponível e
invisível,
e isto tudo não
faz sentido,
porque eu te
quero tanto
e tu não ouves o
meu pranto.
Minhas lágrimas
escorrem por
todo o canto
e por mais que eu reprima essa dor,
que me acompanha
e que me fere
tanto,
sinto que a tua
ausência
fere mais que o
silêncio,
que agoniza com
o meu pranto.
Aonde estás,
que não ouves
esse lamento?
Só me diz
enquanto há tempo,
porque o tempo
há muito por aqui passou
e de neve meus cabelos transformou.
Quando enfim me
encontrares,
saberás que
existiu alguém,
que por ti
esteve esperando
e não mais
encontrarás
esse coração
suplicante.
No lugar dele,
apenas um tampo,
encoberto pela
poeira do tempo,
onde se lê com
letras apagadas:
" Aqui jaz
um coração que te amou tanto!"
Débora Benvenuti