sexta-feira, 30 de julho de 2010

MIGALHAS DE AMOR




Migalhas de Amor




Amor,

Sou todo seu.

Mas o que faço

Se estes sonhos

Não são meus?

Como posso sonhar

Um sonho que já foi sonhado?

Sinto-te só e amargurado,

a pensar no que poderíamos ter,

se pudéssemos nos ver.

O tempo já passou

e à nós só deixou

as migalhas de um amor

que só a nós dois importou.

Abro-te as janelas da minha alma

e vejo que nada mais restou.

Não se pode sonhar

nem tão pouco buscar,

aquilo que não nos pertence

e que estamos a procurar.

O sonho já não nos basta,

disto já estou farta.

Quero viver um amor imenso,

destes que nem o tempo

consegue apagar.

E vejo no teu olhar

o desejo não faltar.

Mas o que me impede de te abraçar

não é a distância

que nos está a separar,

mas o tempo que perdemos

antes de nos encontrar.

Este,

não mais podemos recuperar.

Só nos resta o desejo,

Essa chama acesa

que nunca vai se apagar.


Débora Benvenuti

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