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quarta-feira, 14 de março de 2012

Casulo



 Casulo


Já não sei o que digo,
O que faço,
O que penso.
Só me vejo perdida
nos meus pensamentos.
Quero correr,
Quero  pensar,
Quero gritar,
Mas nada disso eu faço.
Estou perdida numa selva,
num emaranhado sem laços.
Não sei o que digo,
Nem o que eu faço.
Digas me, onde estou?
Nada do que havia aqui restou.
Não sei mais o que sou,
Nem para onde eu vou.
Só sinto que estou
renascendo das cinzas
que o vento não soprou.
Mergulho no nada
e me encontro.
Hoje eu vou sair de mim,
Vou viver e ser feliz!

Débora Benvenuti

domingo, 26 de dezembro de 2010

CINZAS DO TEMPO



Cinzas do Tempo


Há muito tempo
as pegadas na estrada
o vento apagou.
As pedras que indicavam o caminho
foram retiradas
e nada mais restou.
Só imagens borradas
que as cinzas das queimadas
em pó transformou.
Estou voltando pela mesma estrada,
ou será que estou enganada...?
Tudo a minha volta se transformou.
Na  paisagem que os meus olhos encantou,
nada mais brotou.
Só árvores retorcidas,
Cinzas amanhecidas
de um castelo de sonhos
que com o tempo desmoronou.
É o fim da estrada
Ou o início de mais uma jornada?


Débora Benvenuti

domingo, 26 de setembro de 2010

O RENASCER DAS CINZAS




O Renascer das Cinzas



Consumida pela paixão,
sem um amor
que aliviasse a sua tensão,
Vivia só,
na solidão.
Os anos a surpreenderam
sem que ela esboçasse
nenhuma reação.
O mundo girou
e o tempo passou.
Rápido,
Silencioso,
Astucioso,
Girando cegamente
em sua direção.
Houve momentos angustiantes,
Sufocantes,
Alucinantes.
Sonhos delirantes
que ofuscavam os dias,
que se partiam
sem muita explicação.
Delírio agonizante
das cinzas ofegante.
Renasce a cada instante,
uma mulher adulta,
com sede de viver a vida,
tal qual Fênix
deixando o ninho...sutilmente.


Débora Benvenuti

sábado, 15 de maio de 2010

CINZAS AO VENTO



Cinzas ao Vento



Não quero partir,
sem me despedir,
de todos os amigos que fiz,
enquanto eu vivi.
Só quero flores,
de todas as cores.
E as músicas que eu gosto,
me deixem ouvir,
quando eu partir...
Do pouco que eu tenho,
eu quero deixar,
pra quem precisar
os meus órgãos ganhar.
Não levo comigo,
porque não mais preciso
desta vida nada levar.
Então,meus amigos,
nem mesmo um abrigo
eu quero obrigar
alguém a me dar.
Nem mesmo um recanto
com todos os encantos
onde o meu canto
se faça ouvir.
Só quero as minhas cinzas
ao vento jogar,
para que ninguém se obrigue
a me visitar,
nessa morada onde eu devo estar.
Minhas cinzas ao vento eu quero jogar.
E se algum dia de mim estiveres a lembrar,
escute o lamento na voz do vento,
porque neste momento
feliz hei de estar,
com as minhas cinzas
jogadas ao vento que muitas vezes
ainda ouvirás soprar...
Mas não lamentes.
É só a voz do vento que carrega consigo
os meus pensamentos...


Débora Benvenuti