sábado, 3 de agosto de 2013

A Janela





Observo ao longe o horizonte, 
os campos, as florestas, 
tudo da minha janela.
Não sei se o que eu vejo é uma tela
pintada com aquarela,
 ou se é o meu pensamento que vagueia
 em noites de lua cheia.
Nos dias nublados,
tudo fica borrado.
Há dias ensolarados
e noites enluaradas,
mas quando chove,
os pingos que escorrem pelas vidraças,
são fragmentos de um frasco
que se partiu em mil pedaços.
É assim que me sinto
quando observo a chuva
e fico pensando no teu abraço,
como seria feliz nos teus braços,
mas percebo que são só devaneios,
por esperar alguém que não veio...


Débora Benvenuti

Um comentário:

António Vicente disse...

Foi bom viajar nos teus versos. Senti-me dentro de cada...

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