quarta-feira, 8 de março de 2017

Mãe







Não há definição
para a palavra Mãe!
Por mais que eu procure
uma explicação,
nunca vou encontrar algo que defina
essa sensação de ser Mãe.
Um palavra tão pequena,
para quem o tempo não existe.
Noites inteiras,
com os filhos pequenos,
observando o seu sono
para ver se a febre
ficou mais amena...
Amor de Mãe,
não tem explicação,
foi assim que aprendi
uma grande lição,
vendo na minha mãe,
a dedicação que dispensava aos filhos,
esquecendo-se dela própria
para dar educação
aquelas crianças às quais dizia
não serem dela,
serem apenas uma dádiva,
que Deus colocou em suas mãos,
para que cuidasse delas
e os transformasse em cidadãos,
pessoas honestas, sem máculas
nem manchas em sua criação.
E com esta percepção,
criou os seus filhos,
e com esta mulher
aprendi uma grande lição,
que ensino aos meus filhos
com todo o meu coração
e espero que eles um dia
passem aos seus filhos
os ensinamentos que recebemos
da minha Mãe!



Débora Benvenuti 

Dedicado à minha filha Larissa Benvenuti Varella

domingo, 22 de janeiro de 2017

Por que não falei de Amor



Não vou mais falar de amor,
por que já não sei mais o que é esse sentimento,
que ainda insiste em viver no meu peito
e me diz que o que eu sinto
é o soprar do vento que tenta inutilmente
me dizer que ainda existo.
Mas não vou mais falar de amor com o Amor.
Esse amor que um dia existiu,
mas que desistiu de ser amor para ser
algo que nunca sentiu.
Se não foi amor, foi paixão.
Se foi paixão, não foi amor!
Por que o que um sente, o outro esquece.
Se o outro esquece,
 o amor emudece.
Por que não falei de amor?
Só mesmo o amor sabe o porque!


Débora Benvenuti

sábado, 10 de dezembro de 2016

Momentos





São fragmentos de sentimentos,
que se esvaem por entre os dedos,
como pedacinhos incontáveis
de um mosaico que o tempo dispôs
de maneira irreverente.
Quando os vejo,
 o meu desejo é tocá-los,
como se pudesse reorganizá-los
e encaixá-los novamente,
de uma forma diferente,
para poder reviver os momentos
mais marcantes.
O teu rosto eu retoco
com pinceladas de saudades.
 É assim vou levando,
no meu peito o teu retrato
e é com ele que me deito,
sempre tendo-o ao meu lado,
para que o tempo não desgaste
nem apague esses momentos
que ainda guardo no meu pensamento.



Débora Benvenuti

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Princesas Virtuais




Princesas virtuais são mulheres sensuais.
Seus castelos são feitos de sonhos,
seus sonhos são muito reais.
Nas janelas dos seus castelos há uma enorme tela.
Mensagens são digitadas e enviadas aos 
cavaleiros virtuais,
que esperam por suas donzelas em velozes alazões
muitas vezes confundidos com o  cavalo de Tróia,
combatido, mas nem sempre destruído.
 E as princesas são seduzidas,
muitas delas abduzidas.
Mas isso não é mistério
que não possa ser resolvido.
Princesas virtuais,
Agora mais que reais.
Viajam em corcéis alados,
São belas e sensuais.
E não vivem por muito tempo
Uma estória que não for real. 


Débora Benvenuti

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Quem é você?







Quem é você,
que me olha e não me vê?
Quem é você,
que me fala e não me escuta?
Quem é você,
que aparece nos meus sonhos,
mas comigo não sonha?
Quem é você,
que diz que me ama e
assim que desperto,
não está mais por perto?
Quem é você,
que me fala de amor,
sem saber que o amor não tem o sabor
desse licor que os teus lábios contém?
Quem é você,
que me encanta e me fascina
e depois, como suave neblina
se esvai em cada esquina?
Quem é você,
que me aprisiona e me fascina
e me deixas assim tão sozinha?
Será...Você...?





Débora Benvenuti


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O Coração Sonhador




A Imaginação viveu tanto tempo sem amor,
que nunca imaginou que encontraria
Um Coração Sonhador.
Percorrera longos caminhos, sempre sozinha,
e por mais que procurasse,
seu coração era um eterno sofredor.
A dor que sentia era algo que a oprimia
e não a deixava viver como queria.
O Coração Sonhador era muito namorador
e não se contentava em ter só um amor.
Fazia versos e declarava seus sentimentos
e assim se afirmava como um galanteador.
Mas como quem ama deseja ser amada
isto se tornava um fato desanimador.
E o tal Coração Sonhador,
tinha muita imaginação.
Quanto mais juras de amor fazia,
mais deixava a Imaginação
com a alma vazia.
A Imaginação sabia que os versos que ele fazia
não eram escritos só para ela,
eram só fantasias.
E ele esperava por uma declaração,
pois acreditava que seus versos,
haviam conquistado a Imaginação.
Houve um tempo em que os dois 
até acreditaram que poderiam viver 
um grande amor.
Mas como a Imaginação era muito esperta,
logo descobriu que o Coração Sonhador,
Era tudo, menos o seu amor.




Débora Benvenuti

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Espelho







Vejo-te  refletido no espelho de minh'alma.

Teu rosto eu desejo tocar,

mas não consigo vislumbrar o teu vulto

no escuro do meu pensar.

São imagens confusas,

que a luz difusa cria espectros

na retina do meu olhar

e me impedem de dissipar

a neblina que se forma

quando tento a tua imagem assim formar.

Te vejo,

te desejo,

mas percebo que só existes,

na imagem que se reflete

dentro do espelho do meu sonhar...



Débora Benvenuti


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Preciso de um Sonho

 


 

Preciso de um sonho

que eu mesma possa colorir,

com as cores que eu mesma possa definir.

Nele eu quero desenhar,

com um lápis bem macio,

o contorno do teu rosto,

para preencher o meu vazio.

Tenho que estar bem inspirada,

para o meu sonho delinear

e com cores bem suaves

os teus traços esboçar.

E para que eu possa

o meu sonho transformar,

só tem uma coisinha

Que eu esqueci  de acrescentar:

- Não é só o teu rosto que eu quero desenhar,

mas a tua essência  ainda eu quero captar.

Não importa que seja apenas um sonho,

e que eu nunca possa te encontrar,

mas como num passe de magia,

alguns traços ainda eu posso apagar,

e no meu sonho você possa habitar.

 


Débora Benvenuti

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Muralha Invisível







Meus passos apressados
se perdem na bruma do passado.
Tudo o que eu havia pensado
hoje não tem mais nenhum significado.
Percorro as ruelas estreitas
do tempo e me vejo perdida
num emaranhado de laços,
treliças de momentos
adornados de tormentos.
Tento desvencilhar-me,
desfazer os laços,
caminhar sobre os meus próprios passos.
Mas vejo que por mais que o faça,
continuo presa numa muralha invisível,
que me prende os braços.
Te vejo do outro lado a acenar-me,
com os olhos marejados de lágrimas.
São lágrimas que escorrem na tua face,
misto de desejo e renúncia
de um amor que nunca poderá
se tornar realidade.



Débora Benvenuti

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A Espera




Lá fora a noite é escura
e nem mesmo a lua,
que me acompanha nessas horas,
fica a espera
de que eu venha
falar com ela.
Quantas vezes nos falamos
e quantos sonhos, sonhamos,
somente eu e ela,
a conversar a noite inteira.
Falamos de Amor
e de corações enamorados,
que já foram tão magoados,
mas que ainda estão a espera
de que não sejam mais enganados.
Amor...quem não conhece o Amor
e já não foi por ele flechado?
Há quem diga que o amor
já nasce sentindo dor,
e que habita os corações
mesmo daqueles que não acreditam
nessa doce ilusão,
que só faz sentido
quando é vivido
por um coração
que já perdeu a noção
do que é estar a espera,
para viver novamente
um grande Amor,
mesmo que para isso
seja preciso enfrentar
novamente...A Espera...


Débora Benvenuti