Não faz muito tempo que eu me preparei para ser mãe e esse tempo passou tão depressa que nem tive tempo de pensar em ser avó. Mas as coisas acontecem tão depressa, que ainda não me caiu a ficha. Quando a minha filha chegou em casa, me dando os parabéns, eu logo fiquei imaginando que ela havia sido promovida ou passado em algum concurso. Custei a entender o que ela queria dizer. É claro que ser avó eu sabia que um dia seria, mas esperava que fosse num futuro muito longínquo. Estou completamente sem saber o que fazer. Exatamente quando descobri que estava grávida. Parece que um turbilhão de emoções se apropriam do nosso ser e ficamos sem conseguir pensar direito. Não sei o que faço primeiro. Até esqueci que criei dois filhos sozinha. Terei que aprender tudo novamente. Só que desta vez, as preocupações vem em dose dupla. Fico o tempo todo pensando se a minha filha está se cuidando direito, se não está comendo nenhuma coisa que possa fazer mal ao bebê e assim os dias vão se passando. Sou marinheira de primeira viagem, ou melhor dizendo, avó de primeira viagem. A melhor coisa que tenho no momento é a internet, a qual posso consultar a qualquer hora do dia ou da noite, coisa que não tinha quando estava grávida dos meu filhos. Isso até me deixa mais tranquila, embora as preocupações continuem a ser as mesmas. Um bebê, sempre será um bebê, diferente de todos os outros. Será único, mas terá uma avó sempre presente, se Deus assim o permitir.
Débora Benvenuti