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sábado, 26 de junho de 2010

COMO UMA FOLHA AO VENTO




Como uma folha ao Vento




Não houve um amanhã,

nem nunca haverá.

Eu deixei de existir para você

e você partiu sem se despedir.

Nem sei o que eu fui,

nem o que deixer de ser,

o certo é que fiquei sem te ver

e me deixastes ao anoitecer,

quando ainda esperava por você

e nas tuas palavras

eu ainda acreditava.

Como uma folha ao vento,

você sem documento,

nada pudestes fazer

e assim, sem mais nem menos,

sem me dizer ao menos

porque viestes me conhecer,

deixastes uma lacuna

ainda por preencher.

Não sei se devo esquecer

ou se devo permanecer,

com a tua recordação

ainda no meu coração a sofrer,

ou se devo apagar da lembrança

essa triste esperança,

que só me fez perceber

o quanto é frágil o amanhecer.



Débora Benvenuti