A imagem
que se reflete
me deixa
inerte.
Transponho a tênue linha
que me
separa do consciente
e me vejo
perdida
numa
névoa envolvente.
Vislumbro
sombras distorcidas
no tempo
já esquecidas.
Quero
enxergar além
da visão
turva que
meus olhos
vêem.
E te vejo
de mim te distanciares,
como se
estivesses partindo
para
nunca mais voltares.
Grito o
teu nome
e o eco
retumba como flechas
lançadas
a esmo,
num lugar
negro e escuro.
Sinto
calafrios e a minha alma
parece a
mim não mais pertencer.
Vejo tudo
escurecer.
Não sinto
mais as lágrimas a escorrer.
Somente o
vazio ao meu redor
quebra a
imagem deste silêncio
que me
faz sofrer.
Débora Benvenuti
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