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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Palavras ao Vento




Direi ao vento
a todo o momento,
as palavras de amor
que nunca falei
e talvez você, onde estiver,
as possas ouvir
de uma outra mulher...
Então saberás
que essas mesmas palavras
jogadas ao vento
é um triste lamento
que se perderam no tempo
do meu pensamento.
São palavras sussurradas
com tanta emoção
que ainda fazem eco
no meu coração.
E tu as dissestes com convicção
e isso me faz pensar
como é triste a solidão,
de quem acreditou nessa suave canção
que embala os meus sonhos,
quando adormeço,
com a tua imagem no meu coração.




Débora Benvenuti

sábado, 16 de julho de 2011

Canção de Outono



Canção de Outono


A chuva fina se transforma em neblina
e os acordes de final de tarde
se apressam a tocar a melodia
do final do dia.
Os pingos da chuva desenham silhuetas
que se movem num vai-e-vem frenético
nos pára-brisas dos carros em movimento.
Não há intenção,
nem pretensão.
Casais que se encontram
e vivem um único encontro.
A canção de Outono se faz ouvir,
Doce, suave, no final da tarde.
Os acordes magistrais
ainda não soaram.
Ouve-se apenas o som melodioso
dessa terna espera.
Sons que se farão ouvir
quando for chegada a hora certa.


Débora Benvenuti

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CANÇÃO DA DESPEDIDA



Canção de Despedida




Tão suave é a canção

que ouço meu coração a cantar.

Ninguém imagina o que ele possa

estar a lembrar...

São sensações esquecidas

que um outro alguém

um dia esteve a embalar...

E ele ouve as notas perdidas

que o vento se encarrega

de soprar.

A cada nota ouvida

faz esse coração aos poucos

se calar.

Quer ouvir a melodia

mas já não consegue

mais se enganar.

Será tão triste a despedida,

que nem mais a melodia

o vento seja capaz de carregar?

Só o silêncio assovia

e na distancia a melodia

do final do dia

termina com a rotina

que não mais quer calar.

Os sons se despedem

e os acordes finais

fazem as cordas vibrar,

num triste entardecer

de um amor

que não conheceu

O amanhecer...



Débora Benvenuti

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A CANÇÃO DO RIO



A Canção do Rio
 


Observo as águas mansas

do rio a correr.

Serenas e tranqüilas,

entre as pedras ,

que se escondem quietas,

afogadas e perdidas,

nessas águas que correm

sempre para o mesmo mar,

carregando consigo uma canção

tão triste, que mesmo o reflexo

do luar não é capaz de apagar,

a tristeza que se reflete

no meu olhar.

Uma folha cai e segue,

serena entre as águas,

empurradas pela brisa do vento,

que sopra devagar,

fazendo a folha flutuar,

sem parar.

E novamente a canção do rio

se faz ouvir,

na quietude mansa da noite,

que se enfeita de preto,

só para dizer,

que serão assim as noites,

que terei que viver,

Sem nunca mais te ver.





Débora Benvenuti