segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Escolha



A Escolha



É preciso sempre estar atenta
e saber recomeçar,
cada dia é uma escolha
e eu não sei mais começar:
Ou isto ou aquilo,
ou aquilo e mais isto.
 São difíceis os caminhos
e se eu soubesse onde vão dar,
não teria todo o dia
que tentar recomeçar...
Mas a escolha muitas vezes
é difícil e estou certa
que nesta vida o que mais faço
é tentar recomeçar...
Se errar tento de novo
e de novo vou errar.
Quantas vezes novamente
essa escolha vou fazer,
e não adianta ouvir conselhos
e nem conselhos espero dar.
Se meus ombros são pequenos
e essa escolha me pesar,
quem sabe eu não encontre
alguém que me ajude a carregar
os meus sonhos com direito
a todos eles realizar...
Será que eu fiz a escolha certa?
 Quantas vezes eu me faço
essa pergunta que não cala
e nem sempre cabe na mala
que estou sempre a carregar.
Se escolhi a estrada certa
e os caminhos a seguir,
Eu não sei, quero estar certa,
que desta vez a escolha,
Foi a Escolha certa!


Débora Benvenuti

Se não houvesse Você




Se não houvesse Você



Você surgiu um dia de mansinho
e com carinho foi delineando
o meu caminho,
com palavras tão gentis, 
como se fosse um menino
perdido pelo caminho.
E nesses raros momentos, 
muitas coisas ficamos sabendo,
mesmo do outro lado do oceano,
você foi me dizendo, 
com tanta delicadeza, 
que até me causou estranheza
ver alguém tão gentil
falando da natureza, 
de flores e de tantas outras coisas
que me fizeram sentir uma deusa.
- Da Amizade, nasceu a essência
desse sentimento que encontramos
tão poucas e raras vezes em pessoas
tão especiais como você,
por isso eu não posso deixar de enfatizar,
o quanto foi bom te encontrar,
mesmo que sejamos apenas
amigos de computador,
se não houvesse você,
não haveriam estes versos
nem estaria eu aqui a dizer
o quanto eu gosto de você!

Débora Benvenuti

domingo, 17 de junho de 2012

Assim é o meu Amor




Assim é o meu amor



Você jamais saberá
e nunca entenderás,
essa  chama que me aquece
e que muitas vezes me despe,
me desnuda e me emudece,
mas que jamais se apagará.
Qual vento a soprar,
na imensidão desse mar,
assim é o meu amor.
Tal qual o veleiro,
que navega em ondas profundas,
mas que jamais afunda,
porque  quem  o mantém no prumo,
nunca  perdeu o rumo,
nem  se deixou enganar.
Por mais forte que sopre o vento,
por mais encapelado que esteja o mar,
assim é o meu coração,
quando deseja amar.
São coisas que sinto
e não sei  explicar,
e por mais que eu tente,
não consigo te amar,
Só te desejar.
Mas isso não é o bastante:
- Eu quero um amor ,
que me faça explodir,
que me faça sentir,
que estou à deriva,
como o veleiro no mar
sem se deixar naufragar,
mas que em ondas revoltas
me faz navegar.
E quando o vento parar de soprar,
na areia da praia suavemente
me faça descansar...



Débora Benvenuti

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As Lágrimas do Mar




As Lágrimas do Mar




Caminho pela praia,
numa noite clara,
com as estrelas a cintilar
e o mar a iluminar.
Vejo a lua a beijar o mar,
então fico a imaginar,
que eu poderia estar
em seu lugar,
sentindo  a brisa que o vento traz
e as canções que ouço o mar cantar,
num eterno sussurrar.
São canções de amor,
que falam de uma imensa dor,
a dor de não poder te encontrar.
E quão sofrido é esse canto
ou será apenas o meu pranto,
que se mistura às águas do mar?
Por que será que essa lágrima
tem o mesmo sabor que há no mar?
Será que as lágrimas verteram
todas para o mar,
ou será que foi o mar,
que chorou por seu amor?
Assim como o mar vem chorar
na praia essas lágrimas de dor,
espero que o vento as devolva
ao meu amor,
não como lágrimas derramadas,
mas como ondas que retornaram
de um encontro de amor.


Débora Benvenuti

terça-feira, 12 de junho de 2012

No túnel do Tempo



No Túnel do Tempo



O silêncio escorrega
no túnel vazio da tua ausência.
As palavras despem-se
do sentido que as cobrem
e vestem-se de longos momentos
de agonia.
Já não ouço mais nenhum som.
O vazio aumenta.
O vácuo engole voraz
a tua imagem
e o meu pensamento desfalece,
e audaz se desfaz,
na poeira do tempo
que o contempla.
Quero gritar,
mas nenhum som
se dispõe a me escutar.
As palavras se dispersam
e se perdem num emaranhado
de teias invisíveis.
Não vejo mais sentido
em nada do que eu digo.
Nem com frases mais eu consigo
descrever o que eu sinto.
O tempo corroeu o meu eu.
Desfez as marcas incrustadas
na saudade que grita
e agoniza na calçada.



Débora Benvenuti